COMO RETIRAR O ARDOR DO CONTATO COM A ÁGUA VIVA

Saiba como tratar lesões provocadas por águas-vivas.

Dica no final do texto!

Além dos tradicionais conselhos sobre uso de protetor solar, ingestão de líquidos e cuidados com a correnteza, quem passa as férias na praia deve tomar cuidado para não esbarrar em criaturas venenosas. Frequentadores do litoral sul de São Paulo vêm sendo surpreendidos por relatos de "queimaduras" provocadas por águas-vivas, mas esses não são os únicos seres que podem tirar a paz dos banhistas. Caravelas, moréias e ouriços-do-mar são outros possíveis causadores de lesões na pele e até problemas mais graves.

No caso da água-viva, cujo veneno costuma causar vergões na pele, a recomendação é resfriar o local com bolsas de gelo ou água do mar gelada para aliviar a dor e, depois, fazer uma compressa com vinagre, que ajuda a neutralizar as toxinas. "É importante não usar água doce, que pode agravar os sintomas", alerta o dermatologista Vidal Haddad Jr., professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e colaborador do Instituto Butantan. Águas-vivas são invertebrados marinhos do grupo dos cnidários (parentes das anêmonas-do-mar e dos corais). 
A característica que diferencia esses animais de todos os outros é a presença de pequenas estruturas em suas células (chamadas de cnidas ou nematocistos). Estas estruturas funcionam como pequenas agulhas que podem injetar toxinas.

O veneno serve para paralisar as presas e, em alguns casos, como mecanismo de defesa. No Brasil, há diversas espécies de águas-vivas - aproximadamente 155, mas felizmente poucas delas causam acidentes graves, como explica o professor de zoologia André Morandini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ele, as ocorrências registradas no litoral de São Paulo são resultado da grande concentração de banhistas e, também, do aumento do número de certas espécies de águas-vivas. Os motivos do fenômeno ainda não são claros, mas acredita-se que estejam relacionados ao aquecimento global e à pesca excessiva em determinadas áreas. "O homem está causando grandes alterações na vida marinha e esses acontecimentos são apenas uma das conseqüências", diz.

Além disso, Morandini explica que este é o período de reprodução desses seres, o que provoca um aumento natural do número de indivíduos: uma praia de um quilômetro pode ter, em média, 10 águas-vivas.

O professor também afirma que os ventos fortes no litoral vindos do mar aberto podem trazer caravelas às praias, tipos de água-viva que causam "queimaduras" bastante graves. 
Caravelas - têm o corpo gelatinoso, de cor roxo-azulada, com uma parte semelhante a uma bexiga, visível acima da linha da água. Os tentáculos podem ter até 30 metros e são muito urticantes. Nos casos mais graves, provocam câimbras, náuseas, vômitos, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios. Em caso de contato, remova os tentáculos com luvas, pinças ou lâminas; não esfregue o ferimento; aplique compressas de água do mar gelada; utilize compressas de vinagre; não lave com água doce, nem use álcool ou urina; procure auxílio médico.

Dica: Prepare uma solução de vinagre e farinha de trigo, utilize um palito de sorvete e passe no local atingido no sentido dos pelos, em um curto intervalo de tempo já é sentido o alivio, após de 1 a 2 minutos a solução já pode ser retirada no sentido contrario dos pelos.

Podendo ser feita também um solução de vinagre e soro fisiológico, realizando o mesmo procedimento acima.